terça-feira, 21 de julho de 2009
A chuva
Oi,gente, estou postando este poema porque achei muito bonito. E sempre quando chove me lembro dos versinhos dele. Leia com calma e mais de uma vez.Ah,use um dicionário para olhar os sinônimos de alguma palavra que você não entender melhor o que o autor quer dizer. O poema fica mais interessante. Olha como o autor expressa o seu carinho pela natureza como no verso ..."soletra interminável o nome da natureza"...Assim, devemos seguir o exemplo .
A chuva
"Livre do limite na altura cm que a vista
impossível, a chuva transborda
como volume da noite,flui
horizontal no curso do silêncio
abatido na eternidade da rua que dos dias
se imprime plana na carne da terra.
Seu canto remora a melancolia da distância,
soletra interminável o nome da natureza,
como fonte, sabe do olvido no germe do passado,
cuja promessa delineia a clave de seu lamento.
O ócio da solidão embriaga-se pelo vinho,
cristal destilado no peso excessivo da nuvem
amadurecida rósea no crepúsculo.
A chuva recorta indefinida no tempo
uma cidade obtusa, cuja voz
porfia como silvo de pássaro entre
albergues empertigados.
Nas gotas do prelúdio do dia
ainda mergulha perene o convite do sonho,
véu que a luz deposita com vestígio
no abismo do esquecimento".
Fonte: www.verlaine.pro.br
Foto: www.nilljunior.com.br
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