sábado, 5 de abril de 2014

Bullying: como identificá-lo e combatê-lo



Os dados são alarmantes, segundo a
ONG americana “Aprender Sem Medo”,
no mundo, a cada ano, cerca de 350
milhões de crianças e jovens sofrem com
bullying. As atitudes violentas, que
normalmente, acontecem dentro das
escolas, podem gerar uma série de
problemas para as suas vítimas, o
principal deles, graves traumas
psicológicos. As consequências, na
maioria dos casos, influenciam de forma
negativa na vida social da vítima, nos
seus relacionamentos e principalmente,
mexem com a sua autoestima.
É completamente errado encarar o
bullying como uma forma de brincadeira
entre adolescentes ou crianças. Se trata
de um problema sério e deve ser
combatido seriamente, principalmente na
escola, onde acontece o maior número de
casos. Os Tipos de Bullying
O bullying pode ser manifestado de
várias maneiras, a chamada de forma
direta, cujo exemplos são: quando a
vítima é excluída de um grupo, quando
recebe apelidos ofensivos ou quando é
agredida fisicamente e moralmente com
o que é dito a ela.
O segundo tipo de bullying é chamado
de indireto, cujo a forma de praticá-lo
são as seguintes: através de fofocas
sobre a vítima, quando são feitos furtos
contra a vítima, através de sites,
celulares ou qualquer outro meio digital,
com ações que de certa forma coloque a
vítima em uma situação embaraçosa. Segundo pesquisas, é muito comum que
o bullying comece na primeira forma, a
direta, e se evolua para a segunda forma,
indireta, com postagens em sites de
relacionamentos, por exemplo. Nestes
casos, até mesmo ameaças são feitas a
vítima, já que o agressor se sente
protegido pelo anonimato do mundo
virtual.
Vale ressaltar uma outra diferença na
prática do bullying, que normalmente, é
manifestado de maneiras diferentes
quando se trata de meninas ou de
meninos. No caso dos meninos, a
agressão física é mais presente, assim
como a exclusão do grupo. Já entre as
meninas, a fofoca é a maneira mais
comum. O que o Bullying Pode Causar
na Vida de Crianças e
Adolescentes
Considerar o bullying uma brincadeira de
mau gosto é de uma grande
irresponsabilidade, uma vez que a vítima
levará consigo “marcas” graves, que
podem durar a vida toda. Na maioria dos
casos, as pessoas que sofreram bullying
em alguma fase da vida se tornam
ansiosas e depressivas com maior
facilidade. Elas possuem menos controle
sobre os problemas que as demais
pessoas. E não é só isso, estudos
revelaram outros problemas:
pensamentos suicidas, baixa autoestima,
dificuldade de relacionamento no
trabalho e na vida sentimental. E aqueles
que praticaram bullying contra alguém,
normalmente, desenvolvem ainda mais
agressividade ao decorrer da vida e a
levam para o trabalho e para casa com
grande frequência. Como Reconhecer um Agressor
É bem comum que os agressores sejam
os alunos mais populares da escola e
que normalmente, são agressivos
também com os professores e em casa,
com os pais. São admirados pelos
demais alunos e por isso, são seguidos e
apoiados em tudo o que fazem.
Enquanto os agressores são cheios de si,
com a autoestima nas alturas, as vítimas
são aquelas com baixa autoestima e que
preferem ficar afastadas dos grupos.
Normalmente, são pessoas com poucos
amigos e as características físicas são
determinantes para serem escolhidos
pelos agressores. São pessoas magras
demais, gordas demais, muito tímidas,
entre outras.
Se os agressores em casa permanecem
cheios de si e enfrentam os pais, as
vítimas em casa, agem da mesma
maneira que fazem na escola,
normalmente, preferem se isolar no
quarto e falam pouco. É muito comum
que uma vítima de bullying não queira
mais frequentar a escola, mas em geral,
ela não fala o motivo. Como as Vítimas de Bullying
Devem ser Tratadas
O bullying deve ser levado muito a sério,
tanto pela família do agressor quanto
pela família da vítima. Em ambos os
casos, existe um grave problema
psicológico e até muito mais que isso. O
primeiro passo é entender o que está
acontecendo, a gravidade da agressão e
da forma como foram feitas a ofensas e
procurar a ajuda de um psicólogo.
Mudar a vítima de escola é recomendado
pelos psicólogo. Não adianta fazer a
terapia, se todos os dias a criança ou o
adolescente irão passar pelo mesmo
trauma. As crianças muito pequenas
passam pela ludoterapia.
Quanto aso agressores é muito
importante que os pais descubram o que
levou o filho a cometer tal ato e
evidentemente, ele também precisa
passar por uma terapia. Um pai deve ter
em mente que não é normal que o seu
filho sinta prazer em fazer com que outra
pessoa sofra, não ter limite e não ter
vontade de respeitar regras, gostar de
provocar brigas, etc. O Papel da Escola em Casos
de Bullying Entre os Seus
Alunos
O primeiro papel que deve exercer a
escola é aquele de evitar que o bullying
aconteça e isso pode ser feito através de
atividades para valorizar a diversidade
das pessoas, ressaltar a importância do
respeito mútuo nas relações e ensinar
que não se deve ter preconceito. Em
seguida, os professores devem falar
sobre o tema bullying com os alunos e
das implicações. Além disso, devem
observar o comportamento dos seus
alunos e no menor sinal de agressão,
chamar os pais para uma conversa
séria.
Na prática, é muito comum que os
professores fechem os olhos e finjam que
não estão vendo o que acontece. O que
na cidade do Rio de Janeiro, por
exemplo, seria violar uma das leis que
regem no município, que diz que os
educadores são obrigados, assim como
os outros funcionários da escola, de
denunciar qualquer ato de violência.
Caso seja descumprida a ordem, a
escola poderá ser multada. O Papel da Família Para
Defender a Vítima de Bullying
O diálogo sempre deve existir em uma
família e os pais devem ficar atentos aos
hábitos e mudanças repentinas dos seus
filhos. Até porque é comum que os filhos
escondam os fatos dos pais, por
vergonha ou por medo. Tanto agressor
quanto vítima devem ser observados e
orientados pelos pais. A família não pode
ser omissa e tem que participar e tomar
as decisões que forem necessárias.
Fingir que não está percebendo que tem
algo errado para não ter que tomar uma
atitude, principalmente, no caso dos pais
do agressor, é deixar um problema para
depois, que com um tempo ficará mais
grave. No caso da vítima, é deixar que
as sequelas sejam maiores e mais
difíceis de serem curadas.




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