sábado, 17 de agosto de 2013

Vida


Pelas ruas da cidade                                                                                
Pessoas andam num vai e vêm.                   

Não veem o cair da tarde;
Vão nos seus passos como reféns
De uma vida sem saída;
Vida sem vida... Mal ou bem...

Pelos bancos desses parques
Ninguém se toca sem perceber
Que onde o sol se esconde,
O horizonte tenta dizer
Que há sempre um novo dia.
A cada dia em cada ser.

Não é preciso uma verdade nova,
Uma aventura pra encontrar
Nas luzes que se acendem,
Um brilho eterno e dar as mãos
E dar de si além do próprio gesto,
E descobrir feliz que o amor
Esconde outro universo.

Pelos becos, pelos bares,
Pelos lugares que ninguém vê,
Há sempre alguém querendo
Uma esperança: Sobreviver.
Cada rosto é um espelho
De um desejo de ser, de ter.

Não é preciso uma verdade nova,
Uma aventura pra encontrar
Nas luzes que se acendem,
Um brilho eterno e dar as mãos
E dar de si além do próprio gesto,
E descobrir feliz que o amor
Esconde outro universo.

Cada rosto é um espelho
De um desejo de ser, de ter.
Talvez, quem sabe por
Essa cidade passe um anjo
E, por encanto, abra suas
Asas sobre os homens
E dê vontade de se dar
Aos outros sem medida,
A qualidade de poder viver.
Vida... Vida... Vida... Vida...


Fonte: Fábio Júnior-Cantor
Foto: arquivo pessoal/Rio Grande do Norte.